sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Só me fodo nessa merda

Corrente elétrica, puta energia de atração entre dois corpos ou mais em presença de tudo; olhares, toques, brincadeiras, sacanagens, álcool, computadores, cadernos, vídeos. Olha que intenção mais ousada, mas algo tinha de dar errado. Ou pelo menos, desastrado. Não podia evitar. Deve ser por isso que não presto pra ser escritora, reconheço aquele instinto filho da puta de ter o poder de usar pessoas, e seus sentimentos bobos e influenciáveis, só para ter sobre o que escrever. Experiência! Mas não! Esse negocinho de sentimento é mais forte que a veia poética, o instinto maldoso da ilusão, do brinquedo, da criança má. E aí quem sempre acaba se fodendo sou eu. De todo jeito, parece destino, sabe... Por olhar demais nos olhos, por respeitar demais, por achar demais, pensar e pensar e pensar, pouco fazer... O outro percebe e é geralmente mais cruel comigo. Putinha indefesa que eu sou! Fraca, covarde, auto-piedosa e tosca! Vamos lá, quem é que quer alguém assim? Promessas não me iludem mais, nem podem chegar a te iludir também, porque, a essas alturas do campeonato, nem se sabe mais quem é brinquedo de quem. Noites passadas sempre me atormentam, noites futuras não me saem do pensamento, apesar de saber que it will never happens. Erros meus, perdoem. Ou não perdoem... cada dia me convenço mais que essa sensação do sexo feminino que me acompanha por noites, dias, tardes a fio, parece ser a única companheira com quem mereço passar o restos de meus dias maçantes, tediosos. Mas se eu tiver uma chance, não que eu prometa fazer ou tentar fazer o melhor pra quem quer que seja, porque tudo isso é clichê, aliás, eu mesma sou um grande e ridículo clichê, mas é que... não acho que o coração humano consiga tanto tempo viver suspenso, vazio, esperando respostas que nunca vai ter, e sozinho... vivendo apenas de noites lascivas e beijos sem retorno, de um alguém que provavelmente nunca mais verá na vida. Pelo menos, nesta, não.