quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Desafio


Ultimamente não tenho me entendido muito bem. Andei inconstante, dormi querendo esquecer e acordei querendo sentir. Apressei as coisas, umas deram certo, outras não. Algumas tomaram um rumo completamente diferente do que esperava, e eu estava ali no meio, vendo a vida passar e atuando bem pouquinho. Contratei participações especiais, mas que acabaram por tornar-se coadjuvantes em minha vida. Mas continuo a não me entender muito bem, e nem a quem passou a ocupar a posição que eu prometi guardar só para mim mesma. Não, não compreendo. O fato é que eu gosto de desafios, me senti desafiada e aqui estou, encarando. Não desisto tão facilmente, apesar de saber que a possibilidade de cair de novo está evidente. Mas aqui vamos nós, não é? O dificil não é acreditar no amor, mas senti-lo pura e verdadeiramente. Não contradigo nada nem ninguém, talvez só a mim, e esse destino travesso que me preça essas peças. Penso que sei sobre amor, mas oh! Quão pobre criança tola que sou! Quem é que sabe, afinal? Muito fácil é pronunciar, difícil é sentir, mais difícil ainda, provar. E neste labirinto de sentimentos que se confundem, sinto-me perdida. Às vezes, acho que tenho direitos, às vezes jogo-me para o longe, ou sou jogada, vai saber. Não há como saber o que queres. Não sei jogar esse jogo muito bem, estou arriscando, desafiando, apenas. Tens-se mostrado meu maior desafio, desafio que aceitei por ora estar abrindo-me para sentir o que havia trancado a oito chaves, e que ainda restam alguns cadeados a abrir. E aí, vai abri-los? Ou vai jogar a chave fora, e se embrenhar em labirintos alheios, alheios de mim, de você, de nós? 

Eu também estou começando a 'perder os meus poderes', mas não me preocupo, até acho legal...

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

E vamos brincar?


Era eu e mais alguns. Passos. Rostos, risinhos, impressões, ruídos estranhos. Nos divertíamos com o que se passava à nossa frente, eles riam, eu, às vezes. Riam de mim. E eu ria de mim também, talvez não fosse assim tão mal. Algumas coisas tinham graça, outras me iravam, mas permanecer calada parecia a melhor alternativa. E assim o fiz. Cigarros. Tragos, risadas, uma chacota e um pouco de veneno. Aquilo estava começando a me incomodar. Mas eu não tinha opção, ou eu fingia que estava tudo bem e caía em suas graças famintas de mim, ou estaria marcada para o resto da vida. Um pouco de aceitação hipócrita e viva a hipocrisia, o fingimento, a falsidade, a injúria! Olhos fechados, precisei pensar um pouco nos transeuntes e na vida, de repente! Me vi em uma sala escura praticando jogos imundos como uma criança inocente de suas crueldades, a escarnecer da humanidade e também de minha alma, drogando-me com fantasias alucinógenas de diversão, quando na verdade não passavam de apenas uma tentativa visivelmente falida de encaixar-me. Nojo. Não haveria outra sensação. Eis que dá-me um estalo: a sala escura, as pessoas rindo, eu rindo sem saber de quê, e queimando com cigarros o fundo de minh'alma infectada. Não era para ser ali, não era para ser eu. Abraços recheados de más intenções, um punhal em mãos. E minhas costas ali, expostas para a lâmina rasgar docemente. E o prazer! Ah, o prazer de sentir a punhalada e um beijo de clemência nos lábios, um choro arrependido. Céus, o que estou a fazer? Pergunto-me. Não é meu lugar, não tem que ser eu! E já parecia um pouco tarde para salvações. Aquilo tomou conta de mim de maneira tão avassaladora, que me vi sentindo saudade do que nunca fora meu, e desfrutando oportunidades que nunca foram minhas, de fato. Sentimento? Lata do lixo; vá para o seu lugar então. Estamos aqui nesse mundo para brincar, você escolhe: se será o menininho ou menininha má que vai manejar os bonecos da forma que bem quiser, ou se será o brinquedo que os pequeninos malditos terão o maior prazer em jogar para cima, lançar ao chão, arremessar, apertar furar, rasgar ao meio, destruir... E no fim das contas, somos marionetes com necessidades estúpidas, não é mesmo?

sábado, 26 de novembro de 2011

Sem rumo


Sejamos sinceros apenas uma vez. Sinto fracasso. Tédio, lágrimas e preguiça. Fracasso por tantas vezes ter tentado acertar e só errado, ter prometido e dado amor e ter recebido os contrários. Tédio de amores mornos, paixões insanas, da vida contínua em seu ciclo medíocre de todo dia fazer o mesmo, ser o mesmo, viver o mesmo. Nada novo, tudo igual. Nem mesmo chorar alivia tanto assim. Preguiça de procurar o que nunca me encontra. Tudo é engano. Sejamos sinceras, eu olho pra seu rosto, mas eu não quero te ver. Eu falo com você, mas minhas palavras são frias, e meu sentimento tem se transformado em algo que não passeia nem pelo nobre caminho da amizade e cruza ainda que levianamente o doloroso rastro do amor. Não saber o que é me intriga. Tento entender, mas parece-me impossível. Não peço pra ter ódio, mas talvez não tenha-me amadurecido a ponto de conseguir controlar meu coração injusto e sem rumo. Tento novamente, e de novo, e não quer dar certo. Trilho por caminhos que não sei aonde vão me levar, teimo em manter abertas portas que já não não levam à lugar algum, e de quando em vez, reabrir umas cuja fechadura de tão velha chega a dissolver-se em minhas mãos. Perhaps exijo muito de quem não me pode dar nada, e finjo de mim ser o que não sou. Falta valor, egoísmo, quem sabe, deveria eu ser um pouco mais egoísta. Não sei se é para tentar, trocas injustas. Imperfeição, coração, controle-se ao menos uma vez. Sem rumo.

domingo, 20 de novembro de 2011

Pausa para reflexão


 Hoje eu conversei com ela. Aquela parte de mim que só eu conheço, tão sombria e a única para a qual eu me permito fazer coisas que em sã consciência e coração, jamais faria. Coisas de moral que um ser humano com um pouco de amor ao pròximo, principalmente ao próximo por quem é amado, seria capaz de fazer. Estava abafado, eu curtia o jato quente d'água do chuveiro sobre minha cabeça, interrompido minuciosamente pelos pingos gelados que insistiam em cair. Arrepio. Deja vú, talvez. Cenário de filme, eu e ela, a minha gêmea mãe de toda essa personalidade oculta e imoral que tenha-se coragem de mostrar. Minha personagem a quem concedo todos os desejos bizarros que a vida me impede de realizar. Conversamos pouco, mas o suficiente para me fazer entender que eu tenho pressa. E não deveria ter. Eu busco coisas difíceis em pessoas complicadas. Numa hora o ódio quase consome, no outro, o coração dispara feito doido e o corpo mal consegue se controlar, daí me pergunto o quê que é isso? Sensações respondem, coração não. Ô bicho mais confuso esse que acharam de colocar aqui do lado esquerdo do peito! É tudo culpa dele, e acho que por excelência, minha também. No trajeto de volta à minha cidade, fiz sexo mentalmente. Não me perguntem com quem, não vem ao caso. E logo em seguida, sofri um instante de depressão, talvez porque eu não deveria ter feito isso, talvez porque o meu desejo de que aconteça seja tão apressado quanto uma criança atrás de doce. E talvez porque eu sinta culpa, também não me pergunte porquê. Eu sou o ser (humano?) mais confuso desse planeta. Eu só sei que quando fecho os olhos, a qualquer hora do dia, me vem um par de olhos presentes, uma voz passada, e uma esperança meio boba. E saudade. E todos eles se misturam e não sei o que sentir. Sinto estar jogando, outras vezes, sinto-me como uma peça de um jogo que alguém está jogando. Às vezes sinto-me fora do tabuleiro, às vezes tudo, às vezes nada, ou só um pouquinho. De repente, algo que fode com a minha saúde, tanto física quanto emocional e sei exatamente o que é, mas jamais o porquê. Sentei e comecei a procurar músicas, versos ou algo que me tirasse essa angústia de saudade, dúvida e medo; até tentei chorar, mas não saiu nada. Olha lá o que vamos fazer com a vida de novo. Pode ser, pode ser que não. Ter ainda um coração não significa estar apto a amar de novo e quantas vezes quiser, mas significa alguma coisa. Se ele está aqui dentro e ainda bate, ainda mais acelerado quando ganho aquele abraço apertado e fico com calor, prevejo novidades.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Dedico: a um anjo.


 Olha só, quem foi que falou que tem que demorar uma década pra cicatrizar uma ferida que causaram na gente? É que tem corações que superam rápido demais, outros muito lentamente, e alguns não superam. Triste, mas cada um sabe muito bem a dor e a delícia de ser o que é, e de como viver, recompensa. Talvez nesses últimos dias eu tenha parado e percebido que há algo muito valioso perto de mim, que eu por não creditar respeito, deixava passar despercebido. Tô correndo pra ver se ainda dá tempo de cuidar do que quer ser meu, me cuidar, cuidar que é verdadeiro e certo. E bonito também... Não gosto muito dessa sensação de alguém passeando pelos meus pensamentos, e eu  bobeando aqui e ali,. viajando na fisionomia de certas pessoas, e talvez entregando o jogo mesmo antes de jogar. Talvez seja a hora de prestar atenção no nascimento de filhotes de passarinho num ninho perto daqui de casa, ou de parar e observar o desabrochar de uma linda borboleta, que porventura, ainda encontra-se em crisálida, ou talvez aquela flor não tão bonita em botão, mas madura como a rosa mais perfeita que Deus já criou. Sintomas, sintomas apressados, quem sabe no que isso vai dar. Algumas funções orgânicas gostam de me pregar preças, e eu como criança, estou sempre caindo e me levantando, e me apaixonando (ops!) de novo e de novo pela vida... e sendo feliz conforme me permito. Obrigado, M. Anjo meu <3

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

No edifício do meu ser...

 
Então, de uns dias pra cá, tenho me deparado com umas estruturas rachadas no edifício do meu ser. Algumas completamente destruídas, demolidas, e umas fissuras que acho que dá para consertar. É, não vai ficar igual à antes, mas quem sabe, até mais resistente. Em tão pouco tempo, ter me dado conta de quantos erros cometi, tentando acertar, e não, isso não é desculpa para ter errado assim. Tenho me convencido de que a melhor coisa que pode ser feita é trancar esse coração e esconder... esquecer a chave num local onde um dia você ou outro alguém possa achar e vir aqui abrir de novo as emoções que agora foram feridas e encontram-se em estado de depuração. É que algumas portas ficam abertas por um tempo, outras fecham-se rapidamente. Tudo depende do processo de cicatrização. Só resta saber quando é que esse corte na alma vai fechar-se para dar lugar a uma linda cicatriz lembrada para sempre do hoje em diante. Sem mais.  

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Vá-se embora, mas volte!


A fumaça se esvai. Cada trago do cigarro que eu puxo para dentro dos pulmões, causa um batimento cardíaco acelerado; efeito contrário, o que não era para ser e acontece. O coração; não o órgão, apenas bate sem razão. Não sabia se o que doía mais era a dor da fome ou  da indecisão alheia, e a noite caía leve como um véu, antitecamente pesada como uma tempestade sobre seu ser. E aí que comecei meu pranto. Como conceber dentro de si que o amor (puro?), ingênuo, virgem que há cinco meses experimentara em sua plenitude, agora, sofrer uma mutação, transformando-se inocentemente num sentimento-coisa ainda sem definição? Olhou para o cigarro, para o teto e para dentro de si e suplicou a mágoa que fosse embora, mas ela insistia em ficar. Pior! Alimentava-se injustamente de sua fragilidade emocional, e crescia no peito como uma mancha negra num tecido branco, e isso a obliterava tão lenta e prazerosamente como a uma tortura de um jogo sádico que ali se iniciara em conflito dentro dela. Seu corpo era humano e precisava de sexo. Talvez, aquele prazer primeiro de que desfrutara quando o sentimento recíproco concebeu-se no ato pleno de amor, daquele gozo que experimentara quando permitiu-se a si explorar o novo mais uma vez, aquele caminho virgem que decidira trilhar sem medos agora tornava-se tão distante quanto um sonho desolado. Era doloroso ter que admitir que o presente que pedira com tanto sacrifício aos deuses agora tivesse que passar para outras mãos, ou simplesmente, ter que ser condenado a permanecer num passado que não queria se conformar presente em sua vida. Queria chorar mas não tinha lágrimas nos olhos, talvez seu coração estivesse começando a se acostumar à dor, a dor que tantas vezes a visitara e parecia querer tornar-se amiga. Nem mesmo no prazer da solidão orgásmica conseguia excitar-se, pois lhe vinha à mente a imagem de quem, só por um olhar já lhe causava certos incômodos de orgasmo. Ela tossia, sabia que cada cigarro que fumava diminuiria-lhe um segundo da vida, mas o que isso importava, quando era o seu sentido da vida que estava indo embora, quem sabe, para nunca mais voltar?

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Pudera eu viver sem coração


Hoje caiu uma gota de lágrima no meu teclado. Mas há tempos que venho chorando lágrimas que nem importam (se é que um dia importaram) mais pra quem um dia prometeu trazer felicidade aos dias da minha existência. Tudo que eu fiz, embora torto e por vezes inconsequente, foi pensando em como provocar um sorriso teu, uma lágrima talvez, mas de alegria. Está difícil escrever, a respiração ofega e o coração dói, mas eu preciso dizer isso em palavras, pois há quem veja pelo olhar que tenho me tornado obscura, vazia e triste. Seja quais forem os seus motivos, e se importa pra você o que sinto, saiba que me magoou como nunca ninguém havia conseguido outrora, essa dor que hoje me consome da desimportância, do descaso e principalmente, da frieza realmente está se tornando insuportável, mas sei que vou superar. Vivo morrendo dia após dia, e ressuscitando. Deus me concede esse dom, apesar de todas as adversidades. E se quer saber, não, eu não vou te perdoar por isso, a ferida acabou de ser aberta e estão jogando sal em cima, para se divertirem às custas de meus gritos de dor e agonia, e mais que isso, eu também não vou me perdoar por ter-me permitido ludibriar pela insanidade da sua curiosidade, e da minha ingenuidade em querer colar um coração já quebrado, que agora está estilhaçando-se novamente, em tantos pedaços que vai ser muito difícil consertar. Ser adulto não adianta nada nessas horas, pois eu, com toda a minha maturidade, pude me deixar levar pelos seus olhos pedintes de criança querendo brincar, e eu te permiti. Eu te dei o brinquedo e você brincou até cansar, agora, vai achar um brinquedo novo por aí, enquanto eu, em vão, tento colar o que sobrou, quem sabe para satisfazer a sede de uma próxima criança com olhos de enganação, tais quais os seus.   

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Estado Civil: Em banho-maria


Última chamada. Talvez ainda leia, talvez nem ligue mais. Tudo o que nos foi permitido iniciou-se, mas não se sabe se quer continuar. Vai saber, né!? São muitas coisas que acontecem, e poucas que são faladas. Isso dificulta as coisas até certo ponto, o ponto é: até que ponto? Até que ponto há a capacidade para fazer-se relevar pequenos e grandes erros, desculpar deslizes e perdoar uma possível traição? Olhando bem ao fundo, tentando conhecer a si própria, arrisco-me a dizer que... só depende do tanto de amor próprio. Olha, não entrei nessa pra ter estampada na cara o rótulo de 'otária', como venho me sentindo ultimamente... Pouco me importa (e aproveite que AINDA importa!) de que maneira venha a externar os conflitos internos dentro de você, da sua porra de vidinha mais ou menos, que parece não querer partilhar comigo. É só um aviso pra mim mesma, mesmo! Aprende a usar esse dom divino ou (diabólico) que alguma entidade te fez o favor de dar, e FALA, caralho! Porque eu tô exercitando o dom da paciência, ou seria apenas o dom de estar cega por um sentimento idiota que quase NUNCA é valorizado pelas pessoas vazias que insistem em entrar na minha vida. Nem sei pra que entrei nessa, viu! Devemos ter perdido o foco, ou eu que devo estar mesmo insistindo em algo que não foi "maktub". Dane-se! Mas não venha danar a mim! 

domingo, 31 de julho de 2011

O amor covarde.

Tudo o que eu precisava agora era de um cigarro, ou alguma coisa que pelo menos fizesse amenizar toda aquela angústia que meu coração alimentava. Eu voltava da aula, e enquanto caminhava, divagava: até quando seria capaz de suportar aquilo? Minha indignação era maior do que qualquer vontade que surgisse em um momento oportuno. Eu gostava tanto dela. Gostava tanto... Nem sabia se podia chamar aquilo que sentia de amor. Talvez fosse mesmo amor, porque eu nunca sentira isso antes por alguém com quem não tenha tido um envolvimento sequer. E eu me perguntava: Por que é que as coisas tinham de ser assim? Liberdade sempre foi para mim, quase o sentido da vida. Divagava profundo. Lembrava do passado. Quando eu, munida de toda a ousadia do mundo, desfilava em tapete vermelho, como rainha, e me sujeitava à olhares cheios de desaprovação por todos os lados. Eu fazia-os engolirem seu preconceito à força. Me aceitassem ou não, mas eles tinham que me ver. A minha força para tal ato de coragem fora um antigo amor, que por uma necessidade do destino, esvaiu-se aos poucos em entorpecentes que o levaram à sua morte. Agora, eu me via, no mesmo momento e na mesma situação, com similar companhia; porém sem a dita liberdade. Meu quase sentido da vida morreu. Recordei-me então de que, pronta ou não, eu era alguém não-disposta a viver nos moldes que a sociedade impingia para mim. E que, se eu queria viver agora um amor livre das armadilhas do primeiro, mais maduro, decerto, algum preço eu teria de pagar. E adivinha? Esse preço era a liberdade. Sim! A liberdade que eu tanto vangloriava-me de ter, agora era moeda de troca para que eu pudesse viver um amor onde eu fosse sujeito dos meus sentimentos. Era tão difícil aceitar aquilo, e por isso, retorno à minha divagação das primeiras linhas... Eu que antes fazia-me rainha, e desfilava em tapetes vermelhos bordados à mão de toda a hipocrisia humana, agora andava tortuosamente sobre um sujo capacho que não me era permitido nem mesmo pisar. E toda a majestade, agora, era apenas uma reminiscência dum sonho adolescente, sustentada por um amor imperfeito que fora embora. Foi então, que me dei conta de que nunca dantes havia sido rainha, e que agora, mais do que nunca, não passava de de uma pobre coitada plebéia que não tinha sequer o direito de mendigar o carinho da pessoa que amava por que aquilo era passível de condenação. 

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Am(o)ei.


Amei. Amei ao primeiro verso que li, amei ao primeiro olhar disfarçadamente tímido quando a descobri. Amei quando não pensei duas vezes em ir conhecê-la. Amei quando duvidei que aquilo fosse tão bom e que eu realmente merecia. Amei a primeira bobagem dita por computador, amei quando fiquei insegura se ela também me amava. Amei quando teve medo de me perder. Amei quando me disse que me amava pela primeira vez, e quando eu, ainda meio sem reação, acabei dizendo também. Até hoje eu ainda me pego pensando em que devo ter feito pra merecer toda essa felicidade? Eu não sei se percebes que quando eu te olho, é intenso porque eu olho para um sonho realizado, um amor que eu pensara que nunca deixaria de ser fantasia, e que aqui está, mais real do que nunca, entre eu e você, enquanto for para ser. Amei o jeito como dormiu em meus braços, e como eu queria estender aquele momento. Então eu me senti, depois de um longo tempo frio, aquecida de novo. Amei e tenho amado todos os erros e acertos que têm sido cometidos em prol de se fazer feliz a alguém. E todas as vezes em que me sinto um pouco só aqui, é só ler todos aqueles lindos versos que você escreveu e eu sinto como se estivesses a declamá-los para mim, e a distância simplesmente se torna um mero detalhe. Porque ela não é nada, quando alguém significa tudo. Eu te amo, bê.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Estado civil: feliz


Hoje eu não consegui dormir muito bem. Não, não foram problemas, anseios, tédio ou até mesmo insônia, foi felicidade. É. felicidade. Pasmem! Por que eu também pasmei... Depois que voltei para casa, não consegui parar de pensar na minha vida, exatamente como está agora. Eu, que há um rastro de tempo não tão remoto assim, estava mergulhada num mar de problemas, de tédio, de não-emoções, da falta de sentir a falta... E hoje, que se procurar, esse vazio nem existe mais. Solidão, onde foste parar? Nem mesmo aqueles momentos cruéis em que não estou ao lado de quem amo, são mais de pura solidão. Só o pensar já faz a angústia ir embora. Posso ter parado com a cabeça debaixo daquela água quente, e ter indagado mais uma vez: Isso vale a pena? E a resposta ter vindo quase que como um raio, de tão rápida. -Sim, se você está feliz, então vale a pena. Eu posso me dar ao luxo de experimentar ser feliz agora por ter a quem fazer feliz. Talvez o problema seja amar demais, se apegar demais, se entregar demais, e talvez seja mesmo esse o "problema". Mas se no meio de todas essas demasias, ser feliz não seria uma consequência justa, se no fim, poder abrir um sorriso ao ter boas lembranças e saber que, apesar dos apesares, aquilo sim, valeu a pena? Não quero cair num romance clichê, e ter medo de causar sorrisos e também algumas decepções, e por causa disso, perder espaço e oportunidade de engrandecimento. Basta saber que eu te amo e que tu me amas, e assim a gente se entende. E o resto... é resto. Vamos ser felizes no nosso pra sempre?

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Algo sobre nós.


Teu olhar, meu olhar,
Meu olhar, tua timidez,
Tua timidez, minha timidez,
Nossos olhares, nossos desejos.

Minha insistência, tua fuga,
Tua fuga, minha desistência,
Meus sonhos, teus sonhos,
que eu não sabia sonhar,

Nossos sonhos, nossos medos,
Nossos medos, nossos desejos,
Nosso desejo realizado,
Minha saudade dos seus beijos

Tua saudade, meus beijos,
Meus beijos, tua saudade,
Meu amor, seu coração,
Seu coração, nosso amor,

Meu tempo, sua dificuldade,
Sua dificuldade, minha paciência,
Minha paciência, tua coragem,
Tua coragem, minha experiência

Minha alegria, teu sorriso
Teu sorriso, minha fantasia,
Minha fantasia; ser tua felicidade,
Ser tua felicidade é minha alegria.

 

domingo, 8 de maio de 2011

Minha inspiração, meus poemas...

 Olá, eu queria muito ter aquela inspiração repentina de escrever um poema, que tem tempos que não me vem um à cabeça. Mas é impossível, tem uma coisa que está ocupando tanto espaço agora na minha cabeça, porque eu só consigo pensar nela. Eu juro! Sabe, eu nem vou reclamar, que eu sei que isso se chama amor. E há quanto tempo que eu não me sentia assim, hoje eu farei de tudo e o impossível pra que isso dure o máximo de tempo possível, para que cheguemos no fim das contas e nos dermos conta de que foi o mais lindo e eterno que já se viveu. E como diz a música: "O universo conspira a nosso favor, a consequência do destino é o amor. Pra sempre, vou te amar." E poxa, quando você quiser me dar um pouquinho de sossego, quem sabe, eu faça um poema bobo e apaixonado que você vai vir aqui e ler, e abrir aquele sorriso lindo que só você tem, e eu me sentirei muito amada nesse instante. Pois minha maior alegria é te ver rir das besteiras que faço, e dos versos que componho, porque penso tanto em você. Você agora não é só parte da minha vida, você é minha vida, e eu vivo intensamente. Eu não te prometo as coisas mais bonitas e caras do mundo, mas te prometo os sentimentos mais intensos e os versos mais belos, sim. E te prometo felicidade em todos os momentos em que pudermos estar juntas, desfrutando desse lindo amor que nasce agora. E naqueles momentos em que eu não estiver presente, pode ter certeza que estarei aqui, rabiscando uns versos em sua intenção. HAHA, como eu sou enrolada para dizer uma coisa simples como: eu te amo! *-*

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Expectativas de vida? '-'


Hoje eu fui obrigada a parar e pensar. Pensar muito. Quase não contive a alegria quando soube que hoje, casais homossexuais podem declarar união estável e praticamente casar, como tantos temo lutado para que isso acontecesse! Enfim, um pouco de justiça nesse país onde impera a discriminação! Eu nunca liguei para essa coisa de casamento, sempre tive uma visão negativa, e dada a uma desilusão amorosa, acabei me fechando para essa possível realidade. Mas agora, que passei a ter sentimentos novos, e com todo esse turbilhão, algo me fez pensar em reconsiderar essa idéia de casamento. WTF? Não, eu não quero e nem estou pronta para casar, óbvio. Mas é que... pela primeira vez, eu me vi mexida pela possibilidade de dividir a vida com um alguém. Minha cabeça ficou uma confusão, admito. É tão bonitinho estar falando em juntar os trapos com alguém aí e ser feliz segundo os contos de fada, mas volto à realidade agora e penso: o que é que estou fazendo de concreto para tornar esse "sonho" uma realidade, daqui a algum tempo? Vergonha! Pois não estou fazendo nada, é! A verdade é que eu me acomodei, não tenho tantos problemas assim, vivencio um simulacro de aceitação familiar, mas que não me priva a liberdade de ir à rua quando quiser e encher a cara com os amigos. E eu, na minha doce ilusão, pensei que isto era o suficiente. Afinal, não é da minha conta quem fica preso em casa. Até agora era. Era, né? Estou profundamente perturbada com tudo isso, porque agora sinto a dor, o problema, a dificuldade de quem eu quero compartilhar minha vida agora. Porra, isso é tão injusto. E as expectativas de vida? Como ficam? O que posso fazer para, pelo menos, amenizar isso? Confesso que meus impulsos são os piores possíveis e não sei se a uma hora dessas, eu estaria em casa mais. Não é orgulho, porra! É querer viver, ser livre pra ser quem se quer ser! Gostinho de pelo menos abrir as asas e sentir o vento nelas. Nem precisa voar ao certo! Estou tensa, muito tensa. Preciso de uma luz, porque senão vou acabar enlouquecendo, sem saber o que fazer!?

sábado, 30 de abril de 2011

É que amar é meio assustador


Cara, não muito tempo depois de passar por desilusões em série (rs), me vejo caída num mar de amor, louco, intenso, inesperado, feroz. É para assustar? Sim, estou assustada. Não o por que da velocidade do sentimento, e sim por que, eu não esperava que seria assim. Vida, senhora caixinha de surpresas, como bem falam. Agora eu estou aqui, me entregando por completo para uma semi-desconhecida, tentando de novo, sem medo e indiscriminadamente, proferindo palavras que só poderiam vir de um coração apaixonado. Por que agora eu sinto necessidade de fazer coisas estúpidas, como falar besteiras e provocar sorrisos, ainda que virtuais. Vou dormir pensando e por vezes, acordo sorrindo. Passo o dia, tu estás passeando em meus pensamentos. Me faz viajar longe, enfim. É mágico, é louco, é insano, é assustador. Tenho medo pelo que não sei. Mas como nada é inalcançável, posso aprender a conquistar, todos os dias, todas as vezes que te vir, que te perder de vista, que faltar paciência. Inicia-se um novo ciclo aqui. Aquele em que não posso passar um minuto do meu dia sem pensar em você, e que inconscientemente, a cada pensamento, vem um sorriso bobo, aberto, singelo e com ar de apaixonado. Estaremos aqui, tentaremos e faremos com que isso seja tão bonito quanto eu e você. É, eu te amo. '-'

terça-feira, 26 de abril de 2011

Alma de poeta.


Paro e escrevo aqui. Às vezes, a poesia some. Inconstância ao extremo. Temor, medo, dúvida, receio, ânsia, vergonha, talvez. Ficar cega de paixão, sofrer de solidão, amar a si próprio. Como é difícil ser gente. Por isso que prefiro ser apenas poeta, pelo menos assim tem um jeito de depurar o negativo dessa condição de ser humano. Penso e penso. Como lidar? Como lidar comigo e minhas pretensões, com os corações alheios apaixonados, com a falta de concentração, com o descontrole de um batimento cardíaco acelerado causado por um amor repentino? Como sair do platonismo, e trazer para a realidade? Tantas perguntas, todas sem resposta. E não sei onde procurar mais. Atinge-me como a uma flecha bem no meio do átrio esquerdo, dói e me faz feliz tanto quanto parar e observar a estrelas, o céu e a bela criação dos deuses. Esse era um costume infantil meu. Aprende tanta coisa na escola, por que lá também não ensinam como controlar certos sentimentos e sensações que aparecem quando a gente deixa de ser criança? É, como é difícil ser gente, e por isso que prefiro ser apenas poeta. Por que poeta não vive, ele sobrevive, morre, ressuscita e ainda é feliz no sofrimento. Do sofrimento é que saem os mais belos versos capazes de atingir a alma de um alguém preterido. Querid(a), eu só escrevo para ver se tu lês, e se tu lês, saiba que esses (não) versos são dedicados a ti. Se não posso ser tua, então que meus versos sejam teus, e que me sinta através deles. É assim que eu sei te amar. 

domingo, 24 de abril de 2011

Vida, vida. Como tu gosta de pregar peças!


Vida, vida. Como tu gosta de pregar peças, não? Outrora, fazia-me sofrer por carência, ontem punha um passado na minha frente, e hoje surpreendes-me com sentimentos que eu até mesmo  pensara em desistir. Adormeceu, é. Mas lá no íntimo, o que nunca morreu sempre é capaz de reviver, experimenta isso. Fico a pensar, será  que ela sabe que levou um bom tempo a passear aqui pelos meus pensamentos, causando tanto turbilhão, me fazendo sonhar dia e noite, criando realidades onde conversaríamos muito e saberíamos nos completar enquanto aquilo fosse eterno para cada de uma de nós.  E o tempo, ah o tempo! Ele sempre sabe como fazer as coisas que tem que dar certo, darem certo. É engraçado, que diante de explosões sentimentais, somos como crianças atrás de doces: queremos logo na nossa mão, queremos que seja nosso a qualquer custo. Eu, como criança, perdi a paciência com esse coração por tantas vezes, só por não saber que o outro coração talvez ainda não estivesse pronto para conhecer o meu. E agora, será que está? Será que estamos? Pergunto-me. Quer saber? Deixa ser, rolar, acontecer. Quando for chegada a hora, eu sei que nos encontraremos, isso se ela não me encontrar antes, ou se já não encontrou, haha. Quem vai saber? 

Só a gente é que sabe, quando tem alguém pensando muito na gente. O coração dispara sem motivo. Então, fique quieto coração, e não deixe ela perceber, ein? =x   

Ex ex-namorada

 
Tu és um passado meu. Um futuro que não se concretizou. Então o que está fazendo aqui de novo? Quer tentar novamente ou apenas me atormentar, ver minha muralha se desabar à sua frente, e sentir-se orgulhosa, narcisa, por isso? E depois da mentira, do afastamento, da mágoa, eu te perdoei, é. E te dei uma segunda chance aqui. Não compreendo o que você quer. Que arte é essa de vir até aqui, me chamar, ficar comigo e depois ir embora sem se despedir? O que eu fiz pra você? Eu não te amo, porra, mas eu sou sensível. Por algum motivo desse meu coração retardado, você consegue me balançar e tirar do sério. Sério! Ah, quer saber? Eu tô é cheia disso. Minha emoção não é playground para crianças maldosas brincarem até quando bem quiserem. Sua menininha má. Eu bem sei como me vingar de você. Mas você nem tá merecendo vingança. Eu vou deixar a vida te ensinar, te ensinar que os sentimentos das pessoas são de carne e osso, e dóem quando magoados. Te ensinar que tu não terás compreensão a vida inteira. E uma hora vai ter que aprender a crescer e saber ter ciúmes apenas do que já é seu. E a deixar o caminho livre para outros quando o amor já se foi. É, eu bem que podia ter esfregado isso na tua cara, mas não! Lá estava eu, abobalhada de novo, só por que te vi, depois de tanto tempo. E te dei meu abraço, meu beijo, meu carinho e você, o que me deu? Só aquela velha falta de consideração e o desejo possessivo depois. Sabe, agora eu tenho pena de você. Os próximos ou próximas não serão tão compreensivos e pacientes como eu fui. Pobre criança iludida, você.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Vamos viver e deixar viver :)

Tempo de estar feliz. Parar e refletir um pouco sobre tudo o que já foi e pelo que ainda está por vir, sobre os projetos inacabados, sobre as pretensões para o futuro. Não sei se foi apenas a mensagem semanal do horóscopo que me despertou essa vontade de arrumar a vida. Seja lá o que tenha sido, está me fazendo muito bem. A verdade é que deixei a carência me cegar para um monte de coisas que podem me fazer levar a vida adiante. Meus projetos, meus  antigos e (novos!) sonhos, minhas metas, minhas pendências, minhas leituras que tinha deixado um pouco de lado... Até mesmo estou revivendo meu blog de militância HoMoFoBiA NãO tÁ CoM NaDa!, tendo idéias novas. Se sentir bem! Essa é a frase para o meu momento! Sinto que é chegado o tempo de parar de dar tanta vazão aos pedidos do corpo e passar a cuidar um pouco mais da mente e do profissional.  E quanto ao coração? Bem... deixemos o tempo cuidar dele, se curar primeiro e depois estar pronto para viver um sentimento novo, renovado.


Gosto de relembrar o passado, mas devo viver bem o presente afim de construir um bom futuro.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

É, carência.

Não gosto de me sentir assim. Estou carente, e tudo que escrevi lá atrás é só o retrato da minha (covardia?) diante dessa vasta gama de paixões passageiras que a vida oferece. É, covardia. Eu poderia estar me gabando de ter tantas opções de diversão, mas é que eu não quero diversão. Ainda não! Não mais!? Vi meu amigo que curte as paixões mais efêmeras possíveis, se render aos encantos de namorar, de ter alguém pra estar junto, para chamar de meu. E me pergunto, onde estou? Quem sou? Inveja. É, tive inveja dele. Por que há tempos atrás eu gozava de um sentimento lindo e dolorido enquanto ele se divertia com as efemeridades da vida solteira. Irônico, não? E me pergunto novamente: que diabos (não) estou fazendo? Inutilmente apostando em alguém que, pelo visto, só quer mais diversão. Dispensando quem apostou pesado em mim. Agora, me sentindo acompanhada da solidão. A vida está perdendo a graça pra mim. Nem vontade tenho mais de sair, me encontrar com pessoas, conhecer alguéns. Chego a ser hipócrita por tanto falar e quase nada fazer. Nem sei mais o que sentir, pois não há nada para sentir. :S   

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Aprender a ser o que não quero ser.


Eu sei o que não quero ser. Não quero ser aquela vadia que sai com umas e outras, que come todo ser que tem uma vagina; que brinca com os sentimentos de alguém. Mas as circunstâncias da vida vivem me forçando a ser esse monstro sutil, louco por sexo e impossível de se apaixonar. Eu ando tão cansada de sentimentos. O que é que elas querem, afinal? Querem brincar com seu coração, dar uma com você só pra fazer número nas contas de com quantas já transou. Sua transa é irresistível, você pode, deve e leva-as a loucura na cama. E no final, depois do gozo e do cansaço, me pergunto se aquilo valeu a pena? Não. Chega! Eu cansei. Cansei mesmo. Destrua todo e qualquer resquício de um possível amor. Tuas paixões serão todas passageiras, serão coisa de uma noite só. Vamos ser agora tudo que não sonhamos em ser um dia. Manteremos afastado todo e qualquer encantamento que se mostre maior do que um puta tesão por alguma gostosa. Desfrute de toda a putaria, orgia e sacanagem que o sexo vai te oferecer. Magoe quem te quer magoar, e coma quem cogitar pensar em ficar com você seja por que motivo for. Nós mataremos esse romantismo tosco que só atrapalha sua ascensão sexual. Erotismo, não! É putaria mesmo! E viva a vida e usufrua até seu corpo pedir menos e voltar a se apaixonar apenas mais uma vez.

domingo, 3 de abril de 2011

Ando revoltada com o amor.

"Iech Liebe Dich."  "I love you". "Eu amo você."


Sinceramente? Cansei.

Sabe o amor que quero agora?

Tenho um amor imortal. Aquele em que toda vez que nos encontramos, dói. Dói muito. Um amor que me puxa e leva para tempos passados, de épocas remotas, quando tudo parecia ser mais fácil, e eu quis tornar difícil. Quanto arrependimento. Anos passando, vidas sendo vividas, e basta um reencontro para desmoronar uma muralha construída ao longo de toda uma vida. Apenas um encontro! Inevitável? Cansei. Agora sabe o que quero? Quero um amor jovem, inconsequente. Aventura nova, sem garantias de felicidade. Apenas um abraço caloroso de duas pessoas que ainda nem sabem se gostam tanto assim uma da outra. Sem declarações, sem lágrimas, sem anseios. Sem gostar, e sem amor. Apenas se descobrir, juntos. Seja numa tarde de pôr-de-sol ou numa cama de motel. Sem olhares fascinados, apenas rápidos. Sem sentimentos, apenas sensações. É isso o que quero. Quero o abraço dela, mas não quero seu ciúme. Quero sua companhia e seu sexo também. Não quero sua raiva, tampouco sua tristeza. Quero estar com ela apenas por vontade de estar. É pedir demais?

domingo, 27 de março de 2011

Amar é verbo intransitivo?


-Se eu te dissesse que te amo, o que você diria?
-Eu te diria que eu te amo no pretérito perfeito.
-Você me amava?
-Não. Eu amei. 
-Aah... então não ama mais?
-Eu te amo. Num passado não tão distante, que eu não quero mais que faça parte do presente, mas não me incomodo que faça parte do futuro.
-Por que agora não podemos mais?
-Porque estou cansada. Eu quero um amor jovem... 
-O amor não envelhece...
-Mas ele cansa. Cansa de ser interrompido, traído, abandonado, ferido. Todos esses particípios aí.
-Eu vou esperar esse amor no tempo futuro.
-Espere mesmo. Por que eu sei que eu vou te amar lá. Mas é que agora preciso... precisamos de descanso.
-Você bem sabe que amar precisa de complemento...
-Você sabe que há tempos deixou de adjetivar minha vida com coisas boas...
-E o tempo?
-O tempo passa. O tempo constrói, e o tempo destrói. Mas ele também reconstrói. Deixemos que o tempo passe agora. Se for amor mesmo, nós não resistiremos até lá.
-Até lá... eu posso ter morrido, sabia?
-Eu também.
-Mas o amor vai continuar vivo... por que ele não é intransitivo como você pensa. O amor vai pra todos os lados, e precisa de todos os complementos possíveis e imagináveis.
-Errado. O amor precisa de apenas um complemento. E esse seria você.
-Eu já disse que...
-Te beijar é verbo intransitivo?
...















 

quinta-feira, 24 de março de 2011

E um reencontro...

Era uma salão de festas, enorme. Estava cheio de gente, era um evento um tanto quanto especial para ela. Mas não sabia que naquela noite, em que prestigiavam-na por seu sucesso profissional, encontraria-se mais uma vez com seu destino, quem sabe desta vez, para decidi-lo de uma vez. Conversava com várias pessoas, música ao fundo, entre drinks e casais valsando, os olhares se encontraram mais uma vez. E ela não pôde conter as lágrimas. Olharam-se como na primeira vez. Demoradamente, um olhar fixo, que denunciava amor e sofrer, quase que hipnotizador. Ela não pôde suportar a dor do reencontro. Sumiu em meio à multidão.
No quarto, ela pensava e pensava, entremeios chorava. A mulher entrara sem ela perceber.

-Quanto tempo demorou pra isso acontecer... ela olhou a outra, com pesar. Ainda sem palavras, a mulher mais velha, apenas a olhava fixada, os olhos brilhavam, entre uma lágrima tímida que deixava escorrer pelo rosto.

-Quantos anos e nós aqui estamos, como na primeira vez.
A mulher suspirou.
-Nada é como na primeira vez, amor.
-Mas pra mim, é. Você não mudou muito.
-Mas você mudou tanto!
-É só a casca. O que eu sinto aqui dentro, ainda é a mesma coisa que sentia há seis anos, quando te conheci.
-Eu não sei o que dizer...
-Isso não precisa de explicação.

As duas sabiam exatamente o que era para fazer. Os olhos que denunciavam uma cumplicidade instantânea, foram se aproximando lentamente e ao mesmo tempo os lábios se uniram de uma forma quase gêmea num apaixonado beijo. Beijou-a com dor e amor. Abraçaram-se e se pediram desculpas por tanto tempo. Nada mais ali importava para as duas. Era tudo tão mágico, e nesse momento, o próprio universo conspirou a favor. O amor falou mais alto e elas finalmente sanaram o desejo que tinham uma pela outra. Há seis anos... 


quarta-feira, 2 de março de 2011

Um erro por um acerto ♪

Eu vejo a hora, meu tempo ficar pra trás
E com as chances que já deixei passar
Minha esperança não queria enfrentar
Pois tinha medo do que podia surgir
Foi sem querer, foi por me deixar levar
Nem mesmo eu tentava acreditar
Mas então me fez querer olhar
As marcas refletiam o meu futuro

Não quis parar,
Um erro eu quis, pra acertar
Eu escolhi pensar, pensar por mim
Não por você.
Posso dizer te adoro como é
É como eu, nada é pra depois
A minha pressa é o meu defeito
A vida é curta, não tenho tempo

Nunca vai entender
Eu tentei explicar
Você não me ouviu chorar
E nem quis me escutar
Sei o que você quis dizer
Mas não pode ser assim
Se eu pareço com você
Então deve ser porque

Pensar por mim..
Não por você
Composição: Pris Elias (Banda Mixtape)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Quem é ela?

Tive um sonho. Ela estava lá, mas a gente se viu e não se encontrou. Tudo muito longe, embassado, algo que impedia que eu fosse ao encontro dela e ela viesse ao meu. Não eram pessoas, não eram idéias, não eram sentimentos... era de dentro. Era eu.
Corri muito e não cheguei a lugar algum, e ouvi uma voz... sem querer ouvir, sem querer obedecer, mesmo sabendo que ela só queria me guiar para a felicidade mais uma vez... Tive medo, pavor, mágoa de tudo que já vivi e receio por aquilo que ainda não vivi e talvez fuja de viver. :S
E no final, ela estava tão perto de mim... mas não me via. E perguntou à voz: -Quem é ela?
Sequer abri a boca, mas aquela voz falou por mim: -Ela é a moça de olhos tristes.

Sem mais.

Algo morreu aqui. Pude sentir. :/

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Não somos, mas fomos.

E agora, o que somos? Agora nós somos uma lembrança que você quer reviver e eu quero esquecer.  

Nós fomos um sorriso bobo, desinteressado, aberto . Pelo menos era assim na minha cabeça. Nós fomos um olhar fascinado, correspondente, apaixonado. E nem sempre eu me doei. Nós fomos um complemento, partes de um intrincado quebra-cabeça, segredo do cofre. Éramos tão diferentes e tão iguais e nada e nem ninguém tinha direito de falar nada do nosso amor. Mas perdeu-se. Perdemo-nos uma da outra, ou você quis se perder e por um longo tempo eu não aceitei ter te perdido. Algo mais forte do que o que eu tinha para te oferecer, levou-te de mim e eu fiquei sem chão. E quando você percebeu que a jóia rara que o universo tinha te dado nas mãos foi parar nas mãos de outra criatura, e agora brilha muito mais do que quando pertencia à você, você quis recuperar. Eu te disse que ninguém manda no sentimento, mas mandamos nas escolhas que fazemos sobre o sentimento, e por mais que isso possa ser racional, penso se vale a pena viver toda a vida numa fantasia apaixonada, de utopia de amores perfeitos, romantismo e loucuras de amor, quando nem sempre o amado quer o mesmo que o amante.  Sim. Racionalizei o sentimento! E sei que preço pagarei por isso. Mas sei também que meu futuro agradecerá por ter aberto mão de algo que só atrasava minha felicidade. E agora, sem você, me sinto mais eu, mais livre e vivendo à sombra da minha própria luz que brilha intensamente. 

Por enquanto, essa liberdade de você é o que me faz bem. Seja feliz também! E apesar de que hoje não somos mais, peço que nunca se esqueça de que um dia fomos. 

A lembrança serena de uma dor passada traz um prazer.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Um olhar denuncia...

...até a mais secreta das intenções de alguém. 


Agora juro que estou me sentindo a mais volúvel das criaturas, haha. Há um instante eu sofria por um apego apaixonado que mantinha pela última pessoa que resolveu me deixar. E depois desse baque, lá vem o passado querendo recuperar espaço e fazer parte do meu presente. Coisas que mexiam e ainda mexem seriamente comigo, mas não a ponto de me fazer perder a cabeça e cair na tentação de levar adiante algo que eu já decidi terminantemente não ceder mais. Aí de repente, cruzei meu olhar com uma criatura que nunca vi antes na vida e senti um treco estranho. Levemente correspondida, atraída fiquei. Gosto de desafios, novos rostos a estudar, novas sensações experimentar. E pensar que tudo começa com um olhar, né? Dormi pensando e acordei sorrindo. Ai ai, coração velho de guerra, não vá me aprontar mais uma louca paixão não, viu? :S

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A Miragem


Este post foi inspirado pela música "A Miragem" de Marcus Vianna e O Sagrado Coração da Terra

"Pobre coração o dos apaixonados, que cruzam o deserto em busca de um oásis em flor, arriscando tudo por uma miragem." "Miragem". É assim que tenho encarado o romantismo que ainda teima em existir nessa época de pessoas e relacionamentos descartáveis. Deveria eu ser assim? Não me parece que beber dessa fonte me consolará para sempre. Pelo contrário, a fonte seca cada vez mais. E tenho saltado do abismo sozinha, sem olhar para trás e quase sempre caio  e me machuco muito. O fogo da paixão queimou-me tantas vezes, e continua queimando, mas sem um motivo para eu pôr minha mão lá novamente e deixe se queimar. E não, isso não salva da morte. Parecem incontáveis as voltas que a vida dá para que a gente possa encontrar um grande amor. Incontáveis são as vezes em que sofremos quando esse grande amor tem que acabar e possamos nos recuperar dessa morte. Apenas mais umas... incontáveis. E agora eu olho para esse deserto, olho para trás e não vejo nada. Nem a fonte oculta na areia, que dirá o oásis em flor? E o pobre coração apaixonado não é bem-aventurado por que não é dela que bebe. Apenas sofre, e morre. Morre toda vez que encontra um grande amor e ele desaparece em meio a uma tempestade de areia no deserto das paixões.



Quero um amor como o de Jade e Lucas *-*

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A Ousadia


Uma mesa, cigarros e álcool e sete amigos com sede uns dos outros. Agravantes perfeitos para uma noite de muita sacanagem. Mas não havia nada mais naquela noite que interessasse além da companhia dela. A pele alva, os olhos castanhos como a negra noite, seus cabelos lisos, sedosos e o mistério. Era o conjunto que lhe chamava atenção, mas aquela incapacidade de se entregar era algo que mexia com as mais loucas fantasias de alguém. Dava-se início a um jogo constrangedor entre os demais ali presentes. Quatro homens e três mulheres e um desejo no ar pela quebra de preconceitos sexuais. O que os esperava? A mais pura expressão da sacanagem em todas as formas da sexualidade. E tudo estava no olhar. E o olhar denunciava desejos secretos. Desejos estes que independiam de sexos. E assim todos se entregaram. Era apenas uma brincadeira que denunciava as verdadeiras intenções de todos. E nesse jogo excitante, algo foi despertando a ousadia. De beijo em beijo descobriu-se o calor da pele, do meio das pernas, daquele turbilhão que subia pelo corpo a cada carícia. O desejo incendiava cada vez mais, e a vontade de saborear aquele corpo ali na frente de todos ia ficando cada vez mais forte, que quase não dava para controlar. Mas ela não era o único alvo dos ilimites sexuais deles. Na verdade, as  duas eram. Para cada desafio, a verdadeira face sexual de cada um ia se mostrando. Não havia mais limites para eles. Tampouco para devorarem-se ali na frente de todos. Perderam-se os pudores. Enquanto suas mãos deslizavam e apertavam a perna da outra, bocas  se  encontravam delicadas e furiosas, a língua passeava pela orelha e mãos que procuravam calmamente os seios. Suspiros sutis ao pé do ouvido a satisfaziam aos poucos. A pressão para que se quebrasse qualquer resquício de pudor não parava. As intenções de uma eram as piores possíveis, e as da outra, não se sabia ao certo. Faltava pouco para o sexo. O sexo diante de olhos alheios.  A menina que outrora se guardara em pudores pueris, agora explodia em desejo por sexo explícito. Música, olhares, cochichos, toques, insinuações, tudo excitava. Nada mais as impedia para o quer que fosse. Mas o tempo era o inimigo. Guardou-se a malícia de cada um vez para  quem sabe, uma próxima vez. Os amigos foram embora, mas algo tinha valido a pena. As mãos  sedentas já tinham explorado um tanto que suficiente daquele corpo, e o desejo calado tinha se satisfeito nas entrelinhas de seu sexo tímido, quase que infante. 
    

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Sentimento bipolar, é.


Tenho um sentimento bipolar. Às vezes ele se confunde e raramente sei o que querer.  Mas  quando tenho certeza do que é, mergulho fundo nele tal como em águas cristalinas que nada têm a esconder. Isso atingia meus relacionamentos, mas eu sempre lutei contra. Afinal de contas, não valia a pena machucar quem eu amava só por causa de um defeito de personalidade. A ironia da vida é que, eu com toda a minha inconstância costumeira sempre mantive o controle sobre o meus sentimento apesar dele ser assim. Nunca joguei nada fora por que me passou pela cabeça num instante. É, mas dois bipolares juntos não tem muito futuro, ao que parece. E eu que tanto me controlo para não deixar a vida me levar o que aparece de bom, acabo machucando-me mais do que a quem quero proteger de mim. Será que vale a pena? Alguém merece tanto que se reprima maus instintos só para tentar manter a felicidade com ela, quando ela não pretende o mesmo? Não. Não merece nem um pouco. Isso é ser idiota, agora que eu percebo.  Mas só levando na cara para perceber. Logo depois de quebrar o brinquedo, não dá pra querer consertá-lo e brincar como  se ele fosse novo. Não pense que com o coração funciona assim, pois engana-se feio. Até mesmo o sentimento bipolar precisa de um tempo para se regenerar ou morrer de uma vez. Menos do que o que você prometeu, quero não. :/

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Renovar-se.


Bah, eu conversava com uma amiga. E até certo ponto a invejava. Pois falávamos de amor, paixões, tolices corriqueiras de um coração sonhador. Alguém que põe um colete à prova de paixões, seria possível existir alguém assim? Eu ainda duvido, mas ela e um outro amigo dizem ser assim. Para eles, paixão é fogo, prelúdio para o sexo, e amor é tolice. E não devemos ter tempo para tolices. Poderia achá-los pessoas frias, solitárias e egoístas, mas não. Cada um sabe o que lhe vai no coração. E eu sei que esse aqui é bobo feito uma criança para cair de encanto por alguém. Haha. É um coração muito apaixonado, suscetível aos encantos de uma bela e jovem Eva. Enfeitiçada, levemente apaixonada, profundamente encantadora. Tua paixão é para mim, renovação. Agora eu entendo por que as estrelas brilham um pouco mais. Ou por que num dado momento, me pego observando a lua, divagando em pensamentos que me levam até onde você está. 

Feliz, enfim, feliz :)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

03/02/11

Ontem eu fui dormir e acordei me sentindo meio átomo... 


    ........................................Vácuo.......................................

É que às vezes me deixam lá, inconscientemente... :S 

Forever Alone :/

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Tu és inspiração pra minha poesia..


Cara, sei fazer poesia, mas não sei declamar. Um lado de mim, o mais eloquente, diz que eu deveria me envergonhar. O outro, o utópico sonhador, o poeta, fica feliz só de saber que tem a inspiração. Diz-me ele: é o que basta. Será que é o que basta? Foram muitas as vezes em que me peguei pensando em quem amava e compunha belos versos que nunca tive coragem de mostrar. Medo, sei lá. Somos tão infantis, pois a gente pensa, e a gente faz, e é para alguém. Mas lá no fim das contas, esse alguém nem fica sabendo que foi fonte pra nossa criação. Talvez eu seja meio louca, e talvez todos nós, poetas, sejamos loucos, inseguros, medrosos, porém apaixonados. Sempre apaixonados, seja por um homem, uma mulher, um animal, as estrelas, a noite, um segredo... E sempre fazemos poesia de tudo. Mas o que acontece quando se está tão apaixonado que até mesmo a poesia some da imaginação, obrigando-nos a vir aqui escrever um texto sobre o que deveria ser a própria arte? Há um certo tempo que eu não faço poesia, mas penso nela. Hoje, talvez eu esteja vivendo a minha própria poesia, ainda que algumas vezes no mês, raríssimas no ano. Mas ela está se auto compondo a cada milésimo de segundo que eu passo com você. Em suma, você é a poesia que eu não consigo escrever, só sinto, e sinto. E isso basta.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

31/01/2011

Hora de sentir mais uma vez na alma a rejeição que os hipócritas insistem em mascarar de uma suposta tolerância. Tolerância? Para que diabos eu preciso se ela não vem de dentro? São falsos. Todos eles! Obrigado por mais uma vez zombarem e escarnecerem de mim enquanto pensavam que eu jazia em meu sono convalescente. "É podre." Pois bem, direi-lhes o que é podre. Podre são vossos corações, vossas almas, vossas convicções. Podre é a hipocrisia que vocês escondem por baixo da pele de vocês, suas índoles reacionárias contra o que se é e  não se pode mudar. Eu tento sufocar meus instintos assassinos e odiosos da parte mais obscura do que eu sou, mas vocês conseguem despertar e manter meu ódio, revolta e indignação cada vez mais vivos e sedentos por vingança. Deveria eu ter pena de vocês? Os morais dizem para lutar somente por defesa, sem armas mortíferas, apenas com paz, amor e paciência. Desculpe-me, mas eu sou imoral demais e não suporto injustiças. Como posso lutar pacificamente se eles sempre atiram pedras apenas por que eu não tenho medo de dar as mãos!? Canso-me de lutar apenas para me defender, cansada de levantar um escudo quando minha real vontade é a de empunhar uma espada e ver sangue. Vingar O SANGUE de irmãos e o meu que vem sendo derramado há séculos sob a desculpa de se concretizar a vontade divina. Deus?! Como posso amar o ser que dizem ser Amor, puramente Amor, se ele próprio (condena?!) a criação dEle? Confuso demais. Sádico! É isso o que esse Deus cristão é! E e eu O odeio tanto quanto odeio os fanáticos falsos seguidores dEle. Odeio-o tanto quanto odeio aqueles que dizem ser a "família", família , tsc. Deveriam agir como porto seguro, mas na maioria das vezes agem como cruéis carrascos, que só conseguem me afastar cada vez mais do suposto "amor" que dizem ter por mim. Sádicos! É o que eles são. Veja como palavras, reles palavras, tem o poder de transformar um acordar, um abrir de olhos numa manhã escura, negra, contaminada pelo mau sentimento dos homens e sua maldita mania de achar que podem julgar a vida de outrem.
Um vídeo para vocês, morais e santos homens de Deus! Amém. ¬¬

domingo, 30 de janeiro de 2011

Ter e não ter liberdade


As aventuras, elas me chamam. Não há como negar, é excitante demais poder se jogar no mundo, e ouvir a música que quiser no tom em que desejar. (Não) como um anjo, abrir as asas e voar, voar, voar... Eu tenho e não tenho essa liberdade. Confuso. Ninguém cortou as asas desse pássaro, ele apenas não deseja voar para longe, aquém do ninho. Quando se encontra alguém que balança nosso frágil mundinho de vidro tudo torna-se uma aventura, um sonho, um devaneio, uma traição. O pensamento cala um desejo e as ações mostram consequências completamente diferentes. E por mais que seja tentador cair no mundo, aquela lembrança de que tenho onde encontrar abrigo, e o medo de perder o que talvez ainda nem conquistei por completo, falam  mais alto. Eu sou tão inconstante, mas você sempre me dá a certeza de que essas aventuras inpensadas não valem mais do que te ver feliz por estar comigo.

A cobiçada


Ela era a moça que todos e todas queriam. Mas quem ela queria ainda não tinha chegado ou passara diante de seus olhos e ela não notou. E quem a queria, ela não dava a ínfima atenção. As festas se tornavam extremamente monótonas por que suas danças sempre acarretavam em sexo casual, e disso ela já estava cansada. As saídas com os amigos não eram nada mais do que desculpas para se embriagar, pois sofria de uma solidão acompanhada. Mas como dizer solidão, se ao seu redor mais da metade dos homens e mulheres a cercavam por seu beijo, seu calor, seu sexo, por apenas uma noite ou simplesmente alguns minutos? Exatamente ali estava a resposta. Ela era a garota de muitos amores, mas sem amor nenhum. Não importava que amigos, conhecidos, colegas, desconhecidos, curiosos a desejassem com tanto fervor, por que, o que ela queria era alguém desinteressado, alguém que não a conhecesse o suficiente para se apaixonar por ela. Talvez, fazê-la parar de se sentir uma guloseima que todos querem degustar. Alguém que a fizesse se sentir a mulher, e não mais a mulher de uma noite só. E ela pensa, e pensa: até quando terá de namorar as estrelas, quando seu coração pertence à lua?
O amor que não conhece é o que sempre esteve consigo. Para um dia, enfim, despertar e lhe fazer feliz.  

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011


Acho que tá passando uma paixão sobre mim. Com direito a borboletas no estômago e olhinhos brilhando quando te vejo. O irônico acaso do destino é que você me provoca tudo isso através da tela de um computador. Tem quem fale que essas paixões virtuais nunca dão certo, mas eu sou muito sonhador e gosto de acreditar em amores meio que impossíveis. O caso é que eu já experimentei o brilho do teu olhar algumas vezes e para mim isso basta. Eu sempre vou querer ele de novo, e de novo e de novo... até a gente não querer mais.
E não adianta. Sou teimosa mesmo, insisto horrores. Não deixo a felicidade escapar tão fácil assim de mim. Não é por causa de uns km de distância que o sentimento será menor.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Pequeno conto sobre a infância


Ah! A criança brincava com os brinquedos que a mãe proibia. Ela não entendia por que não podia apostar corrida com o irmão mais velho, tampouco por que suas roupas tinham que ser todas cor-de-rosa e as dele, azuis. Ela era fascinada pelos carrinhos,aviões, e bonecos de super-heróis que o irmão fazia coleções. De dentro do quarto,ela via o irmão brincar com os amiguinhos, fazendo sons com a boca e gesticulando com os bonecos. Ela olhava pelo buraco da fechadura,
ouvia atentamente à brincadeira e fechava os olhos, fingindo brincar com eles. Era esse o seu passatempo preferido, já que sua mãe proibia terminantemente "brincadeiras que não fossem de menina". E ela foi crescendo. Brigava com a mãe, por que queria tomar banho junto com o mano, sair com ele e se divertir. Ela se sentia presa. Entristecia e se trancava. Certo dia, no auge de seus oito anos, saiu escondida da mãe. Na ponta dos pés, correu para a rua onde seu irmão jogava futebol com os amigos. Juntou-se a eles e, pela primeira vez, jogou bola. Adorou. Correu, se sujou, suou; sentiu-se livre. Era tudo o que ela queria. Jamais se sentira tão bem. Voltava para casa no final da tarde, quando sua mãe a avistara na rua, em meio aos garotos. Repreendeu a menina secamente. Levou-a para casa e prometeu um castigo severo . Ela não entendia o por quê do corretivo e, embora sentindo dor, estava realizada. Ela aprendeu que haviam coisas de menino e coisas de menina. E cada vez que desobedecesse as ordens maternas, levaria uma bela surra. Mas nem se importava tanto. Afinal, o que significavam uns hematomas em troca de um momento de felicidade? Seu irmão inquieto, trazia a namorada para apresentar à família. Quando a moça chegou, ela deu um pulo da cadeira, e num sobressalto, fixou os olhos na garota. Nunca vira alguém tão lindo em toda sua inocência de onze anos. Ficou ingênua de paixão. Na escola, arrumou amiguinhas das quais não desgrudava nunca. Levava-as para casa, brincava de
mamãe e mamãe com elas. De menina-moça, aos quatorze anos, tropeçou na professora nova e caiu, mas não de desequilíbrio. Ah, os primeiros amores! Detestava maquilagem, mas mesmo assim se maquiava. Queria tanto impressionar a educadora. Tinha por ela tanta admiração, e vontade de ficar perto daquela mulher. Um dia entendeu que o nome do que sentia era Amor. Amou intensamente. Com o passar do tempo, viu-se tão infeliz. Queria mudar. Cortou o cabelo, comprou roupas iguais à do seu irmão, abandonou o estojo de maquilagem de uma vez por todas e passou a andar com as pessoas que sua mãe maldizia. Na rua, as pessoas notavam, e de quando em vez, largavam comentários inoportunos. Mas ela nem ligava., pois estava feliz daquele jeito. Dentro de casa, a mãe constantemente a olhava com ar de reprovação. A avó se omitia. Até seu irmão fazia piada de seu jeito de se vestir. A família a ignorava completamente. Desprezada, e sentindo-se solitária, buscou conhecer pessoas novas. Conheceu uma moça de outra cidade, que ofereceu-lhe porto seguro, e logo tornaram-se grandes amigas. A amizade durou até o dia em que ela se declarou. Ouviu coisas terríveis a seu respeito e ganhou uma inimiga. Chorou, sofreu, desejou morrer. Recuperada, foi estudar numa universidade longe de casa. Lá conheceu tantas pessoas, algumas poucas se importavam com o seu jeito. Uma, em especial, a olhava de longe, até que fora notada. A garota, hoje, aos dezenove anos, não sabe mais o que é família, mas tem bons amigos, e o principal, vive um grande amor, como sonhava na infância. Só não sabia que seria ao lado de outra mulher.

Deixa eu me apresentar :)

Oi gente blogueira e bonita :)
Pra quem já me conhece, tenho um blog com propósitos mais sérios, o HoMoFoBiA NãO tÁ CoM NaDa! onde expresso minhas opiniões por um lado mais militante da causa LGBT, porém a criação desse blog é mais voltada para que me conheçam mais a fundo, e que descubram um pedacinho de mim a cada novo post. Então começando, vou me apresentando: sou a Isa (isso basta, né? :D) carrego 19 aninhos na cacunda e sou safista assumida (hehe), meio menina, meio muleca, bofinho assumida e apaixonada pela vida, pelas mulheres e por esse mundão aí afora e tudo de bom que ele venha a oferecer. Aqui vou pôr meus textos, meus poemas (quem sabe, rs), a cada vírgula que lerem aqui estarão se tornando meus amigos (e inimigos) íntimos. Portanto, apreciem com moderação. 

Cheers! :)