quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Tu és inspiração pra minha poesia..


Cara, sei fazer poesia, mas não sei declamar. Um lado de mim, o mais eloquente, diz que eu deveria me envergonhar. O outro, o utópico sonhador, o poeta, fica feliz só de saber que tem a inspiração. Diz-me ele: é o que basta. Será que é o que basta? Foram muitas as vezes em que me peguei pensando em quem amava e compunha belos versos que nunca tive coragem de mostrar. Medo, sei lá. Somos tão infantis, pois a gente pensa, e a gente faz, e é para alguém. Mas lá no fim das contas, esse alguém nem fica sabendo que foi fonte pra nossa criação. Talvez eu seja meio louca, e talvez todos nós, poetas, sejamos loucos, inseguros, medrosos, porém apaixonados. Sempre apaixonados, seja por um homem, uma mulher, um animal, as estrelas, a noite, um segredo... E sempre fazemos poesia de tudo. Mas o que acontece quando se está tão apaixonado que até mesmo a poesia some da imaginação, obrigando-nos a vir aqui escrever um texto sobre o que deveria ser a própria arte? Há um certo tempo que eu não faço poesia, mas penso nela. Hoje, talvez eu esteja vivendo a minha própria poesia, ainda que algumas vezes no mês, raríssimas no ano. Mas ela está se auto compondo a cada milésimo de segundo que eu passo com você. Em suma, você é a poesia que eu não consigo escrever, só sinto, e sinto. E isso basta.

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