quinta-feira, 29 de março de 2012

I don't wanna talk about it.



Sabe dessas coisas que todo mundo que dispõe do direito, acha tão inútil e corriqueiro, que acaba deixando de fazer? Pois é, eu AMO fazer. Das cartinhas de amor da aborrescência, das brigas mais bobas, das coisas mais sem-noção e perigosas, das declarações na porta de casa ou na rede social? Dessas coisas mais patéticas que casais de namorados ou ficantes, amigos-coloridos, 'pegantes' ou sei-lá-que-porra ainda mais patéticos são capazes de fazer quando estão apaixonados demais pra deixar pra lá? É dessas coisas que eu gosto. Dessas babaquices, dessas loucuras, dessas algumas incertezas, dessa cumplicidade, sei lá. Eu choro por amor. E se não é amor, choro por gostar. Gostar não devia pressupor sofrer, pra quê sofrer, então? Não te gosto de menos, nem acredito que me gostes de mais. Não sei de onde surge esse abismo que te joga pra Nárnia enquanto eu permaneço aqui no mundo real cinzento. Tem muitas coisas que eu não sei. Muitas que eu queria saber, e mais ainda que eu queria apenas esquecer. A vida não é música, mas é dela, ultimamente, que estou vivendo. Drowning, baby. And I really don't wanna talk about how you broke my heart. :/

quarta-feira, 14 de março de 2012

Nas esquinas.


 Há dois dias que não renovo energias; sono, cadê você? Minha cabeça tem sido palco de uma incessante disputa entre os devaneios do que chamo de paixão e a razão pedindo por um pouquinho mais de amor próprio. A quem acatar? Sinceramente não sei. Foram tantas coisas que aconteceram em tão pouco tempo, tão cru, tão... tão. Errando de novo, precipitando de novo, entregando de novo, sonhando de novo, sofrendo de novo... tudo novo de novo. Enganos mil, certezas zero. Felicidade -1. Não me faz bem, faz-me sofrer, e eu pareço gostar disso. Devia ser o tempo de eu estar pôr pontos finais nas histórias mal-contadas e inacabadas, mas parece que estou escrevendo um livro, que de tão longo, a tinta da caneta já acabou e estou aqui, rascunhando, arranhando insuportavelmente o tubo seco no papel, até rasga-lo em mil pedaços... As decepções das incertezas só crescem, me sinto tão perdida no meio do meio do meio, de não sei o quê. E sendo que nem o descanso do sono ando desfrutando mais, que será de mim? Encarar todos os medos da noite, acordada, com os olhos vidrados em vontades insanas e perigosas, escutando essas vozes caladas que me dizem tanto, e filtrando esse silêncio como alimento a me manter viva nesse mundo de loucos que não sabe para onde vai? Dá medo. Medo não, pavor! O que dizer desses seres (humanos?) que fixam pessoas como objetivos, têm suas paixões desvairadas, conseguem e depois largam como lixo, brinquedo velho que já não querem mais, mas que, contraditoriamente, não querem soltar? Freud, explica, por favor? Aliás, algum pensador defunto (como estou me sentindo) um dia soube explicar essa grande droga que chamamos de vida, e porquê tanto sofrimento pra conseguir um dia poder 'ser feliz'? Pra azar meu, não. E nem vou me atrever, sou nada para isso. Um amor em cada esquina não é para qualquer um. Isso é fato. O mal dessa história toda é que, eu, que vivia nas esquinas amando, um dia, tropecei num olhar sedutor e tão, mas tão, envolvente, que acabei indo parar num beco sem saída, vendo estrelas... e tô vendo até agora, mas elas nem brilham mais tanto quanto antes... e toda vez que ponho um pé pra fora dessa viela, me vem um infame gato de botas e me arranha e faz voltar pra meu cantinho, ali, quietinha. E fico até sumir no meio das lágrimas e da saudade. Se fosse outra coisa, né... mas tinha de ser justo amor, meu Deus?