segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

31/01/2011

Hora de sentir mais uma vez na alma a rejeição que os hipócritas insistem em mascarar de uma suposta tolerância. Tolerância? Para que diabos eu preciso se ela não vem de dentro? São falsos. Todos eles! Obrigado por mais uma vez zombarem e escarnecerem de mim enquanto pensavam que eu jazia em meu sono convalescente. "É podre." Pois bem, direi-lhes o que é podre. Podre são vossos corações, vossas almas, vossas convicções. Podre é a hipocrisia que vocês escondem por baixo da pele de vocês, suas índoles reacionárias contra o que se é e  não se pode mudar. Eu tento sufocar meus instintos assassinos e odiosos da parte mais obscura do que eu sou, mas vocês conseguem despertar e manter meu ódio, revolta e indignação cada vez mais vivos e sedentos por vingança. Deveria eu ter pena de vocês? Os morais dizem para lutar somente por defesa, sem armas mortíferas, apenas com paz, amor e paciência. Desculpe-me, mas eu sou imoral demais e não suporto injustiças. Como posso lutar pacificamente se eles sempre atiram pedras apenas por que eu não tenho medo de dar as mãos!? Canso-me de lutar apenas para me defender, cansada de levantar um escudo quando minha real vontade é a de empunhar uma espada e ver sangue. Vingar O SANGUE de irmãos e o meu que vem sendo derramado há séculos sob a desculpa de se concretizar a vontade divina. Deus?! Como posso amar o ser que dizem ser Amor, puramente Amor, se ele próprio (condena?!) a criação dEle? Confuso demais. Sádico! É isso o que esse Deus cristão é! E e eu O odeio tanto quanto odeio os fanáticos falsos seguidores dEle. Odeio-o tanto quanto odeio aqueles que dizem ser a "família", família , tsc. Deveriam agir como porto seguro, mas na maioria das vezes agem como cruéis carrascos, que só conseguem me afastar cada vez mais do suposto "amor" que dizem ter por mim. Sádicos! É o que eles são. Veja como palavras, reles palavras, tem o poder de transformar um acordar, um abrir de olhos numa manhã escura, negra, contaminada pelo mau sentimento dos homens e sua maldita mania de achar que podem julgar a vida de outrem.
Um vídeo para vocês, morais e santos homens de Deus! Amém. ¬¬

domingo, 30 de janeiro de 2011

Ter e não ter liberdade


As aventuras, elas me chamam. Não há como negar, é excitante demais poder se jogar no mundo, e ouvir a música que quiser no tom em que desejar. (Não) como um anjo, abrir as asas e voar, voar, voar... Eu tenho e não tenho essa liberdade. Confuso. Ninguém cortou as asas desse pássaro, ele apenas não deseja voar para longe, aquém do ninho. Quando se encontra alguém que balança nosso frágil mundinho de vidro tudo torna-se uma aventura, um sonho, um devaneio, uma traição. O pensamento cala um desejo e as ações mostram consequências completamente diferentes. E por mais que seja tentador cair no mundo, aquela lembrança de que tenho onde encontrar abrigo, e o medo de perder o que talvez ainda nem conquistei por completo, falam  mais alto. Eu sou tão inconstante, mas você sempre me dá a certeza de que essas aventuras inpensadas não valem mais do que te ver feliz por estar comigo.

A cobiçada


Ela era a moça que todos e todas queriam. Mas quem ela queria ainda não tinha chegado ou passara diante de seus olhos e ela não notou. E quem a queria, ela não dava a ínfima atenção. As festas se tornavam extremamente monótonas por que suas danças sempre acarretavam em sexo casual, e disso ela já estava cansada. As saídas com os amigos não eram nada mais do que desculpas para se embriagar, pois sofria de uma solidão acompanhada. Mas como dizer solidão, se ao seu redor mais da metade dos homens e mulheres a cercavam por seu beijo, seu calor, seu sexo, por apenas uma noite ou simplesmente alguns minutos? Exatamente ali estava a resposta. Ela era a garota de muitos amores, mas sem amor nenhum. Não importava que amigos, conhecidos, colegas, desconhecidos, curiosos a desejassem com tanto fervor, por que, o que ela queria era alguém desinteressado, alguém que não a conhecesse o suficiente para se apaixonar por ela. Talvez, fazê-la parar de se sentir uma guloseima que todos querem degustar. Alguém que a fizesse se sentir a mulher, e não mais a mulher de uma noite só. E ela pensa, e pensa: até quando terá de namorar as estrelas, quando seu coração pertence à lua?
O amor que não conhece é o que sempre esteve consigo. Para um dia, enfim, despertar e lhe fazer feliz.  

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011


Acho que tá passando uma paixão sobre mim. Com direito a borboletas no estômago e olhinhos brilhando quando te vejo. O irônico acaso do destino é que você me provoca tudo isso através da tela de um computador. Tem quem fale que essas paixões virtuais nunca dão certo, mas eu sou muito sonhador e gosto de acreditar em amores meio que impossíveis. O caso é que eu já experimentei o brilho do teu olhar algumas vezes e para mim isso basta. Eu sempre vou querer ele de novo, e de novo e de novo... até a gente não querer mais.
E não adianta. Sou teimosa mesmo, insisto horrores. Não deixo a felicidade escapar tão fácil assim de mim. Não é por causa de uns km de distância que o sentimento será menor.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Pequeno conto sobre a infância


Ah! A criança brincava com os brinquedos que a mãe proibia. Ela não entendia por que não podia apostar corrida com o irmão mais velho, tampouco por que suas roupas tinham que ser todas cor-de-rosa e as dele, azuis. Ela era fascinada pelos carrinhos,aviões, e bonecos de super-heróis que o irmão fazia coleções. De dentro do quarto,ela via o irmão brincar com os amiguinhos, fazendo sons com a boca e gesticulando com os bonecos. Ela olhava pelo buraco da fechadura,
ouvia atentamente à brincadeira e fechava os olhos, fingindo brincar com eles. Era esse o seu passatempo preferido, já que sua mãe proibia terminantemente "brincadeiras que não fossem de menina". E ela foi crescendo. Brigava com a mãe, por que queria tomar banho junto com o mano, sair com ele e se divertir. Ela se sentia presa. Entristecia e se trancava. Certo dia, no auge de seus oito anos, saiu escondida da mãe. Na ponta dos pés, correu para a rua onde seu irmão jogava futebol com os amigos. Juntou-se a eles e, pela primeira vez, jogou bola. Adorou. Correu, se sujou, suou; sentiu-se livre. Era tudo o que ela queria. Jamais se sentira tão bem. Voltava para casa no final da tarde, quando sua mãe a avistara na rua, em meio aos garotos. Repreendeu a menina secamente. Levou-a para casa e prometeu um castigo severo . Ela não entendia o por quê do corretivo e, embora sentindo dor, estava realizada. Ela aprendeu que haviam coisas de menino e coisas de menina. E cada vez que desobedecesse as ordens maternas, levaria uma bela surra. Mas nem se importava tanto. Afinal, o que significavam uns hematomas em troca de um momento de felicidade? Seu irmão inquieto, trazia a namorada para apresentar à família. Quando a moça chegou, ela deu um pulo da cadeira, e num sobressalto, fixou os olhos na garota. Nunca vira alguém tão lindo em toda sua inocência de onze anos. Ficou ingênua de paixão. Na escola, arrumou amiguinhas das quais não desgrudava nunca. Levava-as para casa, brincava de
mamãe e mamãe com elas. De menina-moça, aos quatorze anos, tropeçou na professora nova e caiu, mas não de desequilíbrio. Ah, os primeiros amores! Detestava maquilagem, mas mesmo assim se maquiava. Queria tanto impressionar a educadora. Tinha por ela tanta admiração, e vontade de ficar perto daquela mulher. Um dia entendeu que o nome do que sentia era Amor. Amou intensamente. Com o passar do tempo, viu-se tão infeliz. Queria mudar. Cortou o cabelo, comprou roupas iguais à do seu irmão, abandonou o estojo de maquilagem de uma vez por todas e passou a andar com as pessoas que sua mãe maldizia. Na rua, as pessoas notavam, e de quando em vez, largavam comentários inoportunos. Mas ela nem ligava., pois estava feliz daquele jeito. Dentro de casa, a mãe constantemente a olhava com ar de reprovação. A avó se omitia. Até seu irmão fazia piada de seu jeito de se vestir. A família a ignorava completamente. Desprezada, e sentindo-se solitária, buscou conhecer pessoas novas. Conheceu uma moça de outra cidade, que ofereceu-lhe porto seguro, e logo tornaram-se grandes amigas. A amizade durou até o dia em que ela se declarou. Ouviu coisas terríveis a seu respeito e ganhou uma inimiga. Chorou, sofreu, desejou morrer. Recuperada, foi estudar numa universidade longe de casa. Lá conheceu tantas pessoas, algumas poucas se importavam com o seu jeito. Uma, em especial, a olhava de longe, até que fora notada. A garota, hoje, aos dezenove anos, não sabe mais o que é família, mas tem bons amigos, e o principal, vive um grande amor, como sonhava na infância. Só não sabia que seria ao lado de outra mulher.

Deixa eu me apresentar :)

Oi gente blogueira e bonita :)
Pra quem já me conhece, tenho um blog com propósitos mais sérios, o HoMoFoBiA NãO tÁ CoM NaDa! onde expresso minhas opiniões por um lado mais militante da causa LGBT, porém a criação desse blog é mais voltada para que me conheçam mais a fundo, e que descubram um pedacinho de mim a cada novo post. Então começando, vou me apresentando: sou a Isa (isso basta, né? :D) carrego 19 aninhos na cacunda e sou safista assumida (hehe), meio menina, meio muleca, bofinho assumida e apaixonada pela vida, pelas mulheres e por esse mundão aí afora e tudo de bom que ele venha a oferecer. Aqui vou pôr meus textos, meus poemas (quem sabe, rs), a cada vírgula que lerem aqui estarão se tornando meus amigos (e inimigos) íntimos. Portanto, apreciem com moderação. 

Cheers! :)